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Solenidade de todos os santos: conheça os santos padroeiros da Comunidade Legati Christi.
Devocional
Publicado em 01/11/2019

 

Neste dia em que celebramos a Solenidade de Todos os Santos, conheça um pequeno relato da vida
e obras dos santos padroeiros e intercessores da Comunidade Católica Legati Christi.

Santo Alberto Hurtado (1920-1952)
Santo inspirador, e padroeiro principal da Comunidade 

 Com seu incansável amor, percorreu as ruas de Chile, para recolher s pobres e crianças e levá-los ao “Lar de Cristo”, casa de acolhimento fundada por ele, onde lhes dava um leite quente e para que pudessem dormir, uma cama confortável. Sempre tinha um novo projeto nas suas mãos. Também fundou várias oficinas para educar os jovens e capacitá-los para que consigam um trabalho digno. Apesar da incompreensão de muitos, sempre encontrava a força para continuar servindo a Cristo. Até o final da sua vida se manteve alegre, sempre dando uma palavra de esperança e apoio àqueles que o visitavam. Sempre repetia: Contente, Senhor, contente”. Partiu para a casa do Pai no dia 18 de agosto de 1952. Em 16 de outubro de 1994, São João Paulo II beatificou o Pe. Alberto Hurtado. Foi canonizado no dia 23 de outubro de 2005 pelo Papa Bento XVI.


 

Santa Dulce dos Pobres (1914-1992) 

Irmã Dulce teve uma vida marcada por trabalhos assistenciais feitos em comunidades carentes de Salvador (BA). Assim como a história do galinheiro transformado em hospital, outras passagens relatam como Irmã Dulce dedicou sua vida em acolher as pessoas mais humildes, como um menino ardendo em febre que a procurou pedindo para “não morrer na rua”. De acordo com o biógrafo Graciliano Rocha, o menino tinha 15 anos, trabalhava vendendo jornal na rua, era franzino e, provavelmente, sofria de malária. “Foi a primeira pessoa que a futura santa tirou das ruas”, relembra Graciliano. O Anjo Bom da Bahia realizou diversos milagres, segundo testemunhas. Um deles, a cura de um maestro que voltou a enxergar, foi a chave para ser elevada aos altares.


 

São Luis Orione (1872-1940)

Luís Orione nasceu no Norte da Itália. De 1886 a 1889 foi aluno de Dom Bosco no Oratório Salesiano de Valdocco em Turim. Ligados a Dom Orione se uniram Seminaristas e Padres que formaram o primeiro núcleo de uma nova Família Religiosa a Pequena Obra da Divina Providência. Em 1899 Dom Orione deu início a mais um Ramo da nova Congregação: os Eremitas da Divina Providência. Toda a família religiosa se propunha a trabalhar para levar os pequenos os pobres e o povo à Igreja e ao Papa, mediante obras de caridade, desejando consagrar-se com um IV Voto de especial fidelidade ao Papa. Animado por uma grande paixão pela Igreja e pelas Almas, Dom Orione se envolveu ativamente nos problemas emergente da época. Entre as muitas obras, as mais características foram os Pequenos Cotolengos, instituições destinadas aos mais sofredores e abandonados, para serem novos púlpitos, faróis de fé e de civilização. Dom Orione esteve pessoalmente como missionário, duas vezes, na América Latina: em 1921 e nos anos de 1934 a 1937, no Brasil, na Argentina e no Uruguai, tendo chegado até ao Chile. Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana e ergueu santuários marianos. Morreu no dia 12 de Março, sussurrando suas últimas palavras: Jesus! Jesus! estou indo!


Santa Faustina Kowalka (1905-1938)

Dentro da Congregação, Helena recebeu o hábito e o nome de Irmã Maria Faustina, em 1926. Em sua vida exterior nada deixava transparecer da sua profunda vida espiritual, que haveria de incluir as graças extraordinárias da contemplação infusa, o conhecimento da misericórdia divina, visões, aspirações, estigmas escondidos, o dom da profecia e discernimento, e o raro dom dos esponsais místicos (D. 1056). Um sonho a movia – viver plenamente o mandamento do amor. O Senhor a escolhe para uma missão especial. Depois de atravessar pela “noite escura” das provações físicas, morais e espirituais, a partir de 22/02/1931, em Plock, o próprio Senhor Jesus Cristo começa a se manifestar à Irmã Faustina de um modo particular, revelando de um modo extraordinário a centralidade do mistério da misericórdia divina para o mundo e a história – presente em todo o agir divino, particularmente na Cruz Redentora de Cristo – e novas formas de culto e apostolado em prol desta sua divina misericórdia. Ao longo do Diário descobrimos que Jesus a escolhe como secretária, apóstola, testemunha e dispensadora da divina misericórdia. (nn. 965; 1142; 400; 570).

 

São José Sanchez del Rio (1913-1928)

 Em 1926, um governo anticatólico assumiu o poder no México, e quis acabar com a Igreja Católica. Proibiram a celebração das Missas, batizados, casamentos, etc.. Surgiu, então, uma reação católica chamada Guerra dos Cristeros. Um General católico chefiou a tropa cristã que enfrentou um luta armada contra os infiéis perseguidores da Igreja. José Sánchez del Río, de apenas 14 anos, se apresentou ao general e perguntou se um menino poderia também ser mártir; e passou a defender a fé católica. Foi preso e obrigado a renegar Cristo. Não aceitou, e disse “Viva Cristo Rei e viva Nossa Senhora de Guadalupe!”. Logo, cortaram-lhe as solas dos dois pés, mas isso não fez com que ele se entregasse. O garoto continuou a dizer: “Viva Cristo Rei, Viva Nossa Senhora de Guadalupe!”. Então, amarraram-no a um cavalo. Ele foi puxado e arrastado pelos braços até ficar todo machucado e sangrando. No entanto, o valente garoto, continuou a dar vivas a Cristo Rei e a Virgem de Guadalupe. Os soldados, dessa forma, deram-lhe um tiro mortal no peito; e o jovem ali caiu sangrando; mas, antes de morrer, já sem forças para falar, Sánchez molhava o dedinho no próprio sangue e escrevia na terra: “Viva Cristo Rei, Viva Nossa Senhora de Guadalupe!”. 

 


 

Santa Teresa dos Andes (1900-1920)

Teresa de Jesus dos Andes  põe-nos diante dos olhos o testemunho vivo do Evangelho, encarnado até às últimas exigências na sua própria vida. Viveu uma infância normal no seio da família. Aos 14anos, movida por Deus, já ela se decidiu a consagrar-se a Ele como religiosa, em concreto, como carmelita descalça. Tinha intuído, havia muito, que morreria jovem. Melhor, o Senhor tinha-lho revelado, como comunicou ao confessor um mês antes da sua partida para Ele. Assumiu este anúncio com alegria, serenidade e confiança, certa de que na eternidade continuaria a sua missão de fazer conhecer e amar a Deus. Após muitas tribulações interiores e indizíveis padecimentos fisicos, causados por um violento ataque de tifo que lhe consumiu a vida, passou deste mundo para o Pai no entardecer do dia 12 de Abril de 1920. Tinha recebido com sumo fervor os santos sacramentos da Igreja e no dia 7 de Abril fez a profissão religiosa em artigo de morte. Morreu, portanto, sendo noviça carmelita descalça. Mas, que fez ela de importante? Para tal pergunta, uma resposta igualmente desconcertante: viver, crer, amar. Quando os discípulos perguntaram a Jesus sobre o que deviam fazer para cumprir as obras de Deus, Ele respondeu: " A obra de Deus é que acrediteis n'Aquele que Ele enviou " (Jo. 6, 28-29). Cristo foi o seu ideal, o seu único ideal. Enamorou-se d'Ele e foi consequente até crucificar-se em cada momento por Ele. Invadiu-a O amor esponsal e, por isso, o desejo de unir-se plenamente a Quem a havia cativado. Santa Teresa de Jesus nos Andres  é a primeira Santa chilena, a primeira Santa carmelita descalça de além fronteiras da Europa e a quarta Santa Teresa do Carmelo, depois das Santas Teresas de Avila, de Florença e de Lisieux.

 

Beatos Manuel e Adílio

O Padre Manuel Gómez González é espanhol de nascimento. Exerceu seu ministério sacerdotal em sua diocese natal até 1904, quando passou para a vizinha diocese de Braga, em Portugal Por causa das perseguições política à Igreja em Portugal vem para o Brasil. Primeiro na arquidiocese do Rio de Janeiro, por trinta dias, depois veio para a diocese de Santa Maria/RS, onde foi vigário coadjutor na paróquia de Soledade. Por fim, é nomeado pároco de Nonoai. Aqui encontrou um período cultural muito violento. Desenvolveu seu trabalho para superar os conflitos e consolidar a paz, pregava a mudança de vida e o perdão, organizando sua paróquia no âmbito religioso, promovendo obras sociais, ajudando as famílias que sofriam violência e atuando na educação escolar. Por causa de sua atuação em nome da fé, foi vítima da violência que queria superar. Em 1924, devido à vacância da Paróquia de Palmeira das Missões, o Bispo de Santa Maria, determinou ao Pe. Manuel para atender os cristãos do sertão do Alto Uruguai. Lá foi ele com a missão de batizar, celebrar casamentos e primeiras comunhões, e catequizar o povo daquela vasta região, mas sabendo do perigo que devia enfrentar. Encorajado pela fé pôs-se à missão. Adílio Daronch era um jovem, filho de um emigrante italiano que se radicou em Nonoai, que aos quinze anos perdeu o pai assassinado por causa dos conflitos violentos daquela época. Desde criança colaborava nas celebrações que o Pe. Manuel realizava na paróquia de Nonoai. Pela grande extensão da paróquia o padre necessitava viajar muitos dias para atender a demanda do povo. O jovem Adílio o acompanhava atuando como coroinha. Quando estava chegando a uma comunidade onde hoje é a cidade de Três Passos, foi assassinado ao lado do Pe. Manuel em uma emboscada. Além deste motivo de ordem histórica há uma razão de modelo para a juventude. O jovem Adílio assumiu os riscos daquela viagem, pois o padre já há tempo recebia ameaças de morte, caso não mudasse sua pregação e ação. Apesar disso enfrentou a situação. Ele torna-se um modelo para a juventude de coragem, de ideais, de ousadia. 

 

Que o exemplo da vidas destes santos, e de tantos outros, nos levem a viver uma
vida dedicada cada dia ao serviço da Igreja, por amor à Cristo!

Legati Christi, felizes servindo à Cristo!

 

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